Sarau da trintade

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O Sarau no Teatro da Trindade
Um sarau é uma reunião festiva com oratória, música e poesia.
N´Os Maias, o sarau realizou-se no Teatro da Trindade e teve actuações a todos estes níveis: * Rufino fez um discurso sentimentalista, * Cruges tocou a sonata “Patétique” de Beethoven. * Alencar declamou um poema seu.

A crítica social
O sarau no Teatro da Trindade foi de beneficência, para ajudar as vítimas da inundação no Ribatejo.
Verificou-se bastante adesão, principalmente por parte das classes mais altas e até da família real.

Eça de Queirós quis destacar com este evento: * A ignorância de muitos dos presentes, * As conversas desinteressantes * Os excessos líricos do ultra-romantismo.

A anagnórise da tragédia
Associado ao sarau no Teatro da Trindade, surge a tragédia, ou seja,
Eça quis provocar um grande impacto, contrastando a festa com a desgraça. João da Ega é a chave de Tudo, pois é ele que inesperadamente descobre que Carlos e Maria Eduarda são irmãos, através do tio de Dâmaso, Guimarães, que, sem má intenção, revelou o segredo, que julgava desenterrado há muito. É assim que Carlos e Maria, pensando que nada os poderia separar, acabaram separados.

O sarau do Teatro da Trindade
Evidencia-se o gosto dos portugueses, dominados por valores caducos, enraizados num sentimentalismo educacional e social ultrapassados. Total ausência de espírito crítico e analítico da alta burguesia e da aristocracia nacionais e a sua falta de cultura.
Rufino, o orador “sublime”, que pregava a “caridade” e o “progresso”, representa a orientação mental daqueles que o ouviam: a sua retórica vazia e impregnada de artificialismos barrocos e ultra-românticos traduz a sensibilidade literária da época, o seu enaltecimento á nação e à família.
Cruges, que tocou Beethoven, representa aqueles que, em Portugal, se distinguiam pelo verdadeiro amor à arte e que, tocando a Sonata patética, surgiu como alvo de risos mal disfarçados, depois de a marquesa dizer

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