Santo Agostinho e Aristóteles
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A ética antiga tem dois grandes modelos, a ética socrático-platônica e a ética aristotélica. Conforme já estudado, citaremos aqui os fundamentos da ética aristotélica. Para Aristóteles, a ética é fonte criadora de felicidade através das virtudes. Na Ética a Nicômaco, Aristóteles faz um estudo das virtudes, dividindo-as em virtudes morais e virtudes intelectuais. Sendo assim, a felicidade está estritamente ligada á vontade de um individo em adquirir essas virtudes mediante estudo e hábito. Aristóteles nos fala que as virtudes éticas são acessadas pela mediania (meio-justo), e para isso é necessário ter voluntariedade, a deliberação, a escolha e responsabilidade. As virtudes morais são adquiridas pelo hábito, enquanto as virtudes intelectuais são fruto do ensinamento. Para Aristóteles as virtudes de acordo com a mediania são: coragem, temperança, liberalidade, magnificência, magnanimidade, equanimidade, placidez, amabilidade, veracidade, jovialidade, pudor e justiça.
A ética Aristotélica é baseada no indivíduo e a felicidade é o fim último de todas as coisas, já a ética de santo agostinho considera a existência de um deus como finalidade. Santo Agostinho também se vale de virtudes, no entanto se o indivíduo se não seguir uma vida virtuosa, em Deus, será levado ao mal e aos vícios. A boa vontade como requisito para a sabedoria está presente na ética de St. Agostinho, a qual é baseada na retidão e na honestidade. Além disso, Santo Agostinho não usa do meio termo como guia, mas sim os valores de Deus. Aqui o dever está para com as leis divinas, que possibilitarão a felicidade plena apenas no pós vida, e para Aristóteles com o hábito e estudo é possível o ser humano ser feliz.