Santo agostinho - fé e razão - resumo

322 palavras 2 páginas
Santo Agostinho – Fé e Razão Consiste, antes de tudo, num pensamento que assente; ora, isto equivale a dizer que sem pensamento não há fé: “A fé é ‘ cogitare cum assensione’, modo de pensar assentindo; por isso, sem pensamento não haveria a fé.”16 Outrossim, a inteligência não elimina, antes esclarece e clarifica a fé: “E analogamente, por seu turno, a inteligência não elimina a fé, mas a fortalece, e, de certo modo, a clarifica”.17 Fé e razão se complementam18, porque se a fé busca a inteligência encontra: “A fé busca, a inteligência. encontram.”19 Doravante, a inteligência será a recompensa daquele crer: “ intellectus merces est fidei, ‘ a inteligência é recompensa da fé’”.20
1.3) Razão e Fé
1.3.1) Compreender Para Crer
Não é estranho a Agostinho ainda uma atividade da razão que preceda à da fé. De fato, embora as verdades de fé nos sejam indemonstráveis, pela razão, podemos perceber a conveniência de a elas assentir. Portanto, a indústria da razão que precede a fé consiste em mostrar a pertinência do conteúdo da fé:
Sem dúvida, um certo trabalho da razão deve preceder o assentimento às verdades de fé; muito embora estas nos sejam demonstráveis, pode-se demonstrar que convém crer nelas, e é a razão que se encarrega disso.21
O pensamento de Agostinho foi também basilar na orientação da visão do homem medieval sobre a relação entre a fé cristã e o estudo da natureza. Ele reconhecia a importância do conhecimento, mas entendia que a fé em Cristo vinha restaurar a condição decaída da razão humana, sendo portanto mais importante. Agostinho afirmava que a interpretação das Escrituras deveria ser feita de acordo com os conhecimentos disponíveis, em cada época, sobre o mundo natural. Escritos como sua interpretação do livro bíblico do Gênesis, como o que chamaríamos hoje de um "texto alegórico", iriam influenciar fortemente a Igreja medieval, que teria uma visão mais interpretativa e menos literal dos textos sagrados.
“Deus criou o homem, deu ao homem

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