Saneamento básico

O intenso processo de urbanização nos centros urbanos vem gerando elevada concentração demográfica e proporcionando diversos problemas na estrutura urbana, originando inúmeros desafios para o planejamento público.

Assim, Mota (1999), entende que a cidade é um sistema aberto, constituído por dois sistemas intimamente inter-relacionados, que são o meio biológico e o antrópico. Seu funcionamento depende de todos esses fatores em conjunto e em equilíbrio.

Deve haver uma interação e um equilíbrio entre o meio ambiente e o ser humano, uma vez que a qualidade do meio ambiente está diretamente ligada à qualidade de vida, já que ambos encontram-se inseridos no mesmo espaço.

No processo de elaboração do planejamento de uma cidade, alguns aspectos fazem-se necessários, como conhecer as características da cidade, os motivos que levaram à sua formação e localização, bem como seu desenvolvimento (MCLEAN, 1965).

Nesse sentido, a questão do lixo torna-se uma problemática ambiental em constante crescimento, principalmente nos grandes aglomerados urbanos devido à grande geração, decorrente do aumento populacional e consequentemente de sua disposição inadequada.

Os principais problemas associados aos resíduos sólidos estão relacionados à poluição do ar, do solo e da água, à geração de odores, à proliferação de roedores e insetos e à desfiguração da paisagem (MOTA, 2003).

Nem sempre a expansão das cidades decorrente do aumento populacional é acompanhada da infraestrutura mínima necessária para garantir a qualidade de vida de seus habitantes, tornando esse crescimento prejudicial a todos os habitantes.

O Brasil, ao longo dos últimos cinquenta anos, sofreu uma profunda transformação em sua distribuição populacional, visto que cerca de 80% da população brasileira passou a concentrar-se nas áreas urbanas, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010).

É possível perceber que tal crescimento ocorreu de maneira não planejada e