Saúde bucal coletiva
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Adaptado e atualizado por Frias AC; Junqueira SR. 1. INTRODUÇÃO As ações de saúde bucal, sejam de assistência odontológica às pessoas ou ações sobre o meio-ambiente que tenham repercussões sobre a saúde bucal, devem 6 ser ações orientadas através de Programas de Saúde Bucal . Uma vez que a saúde bucal é uma parte integrante da saúde geral, os programas de saúde bucal deveriam ser vistos como componentes essenciais para os programas de saúde globais. Todo programa de saúde coletiva, não importando o seu grau de simplicidade, deve sempre fornecer alguns meios de satisfazer as necessidades de saúde bucal. Para que tais ações de saúde bucal não sejam realizadas em separado, isoladas das ações de outras áreas técnicas recomenda-se que, nas diferentes comunidades (municípios ou bairros p.ex.), sejam definidos Programas Integrados de Saúde, a serem desenvolvidos durante um determinado período e que disponha para isso de uma certa quantidade de recursos (humanos, materiais e financeiros). O desenvolvimento de um Programa Integrado de Saúde, numa comunidade qualquer, exige que as condições de saúde e doença nessa comunidade sejam conhecidas. Esse conhecimento é necessário, entre outras coisas, para que se possa prever e planejar os recursos necessários ao atendimento da população.
Os sanitaristas (profissionais especializados em planejamento de ações de saúde pública) chamam esse conhecimento de diagnóstico de saúde. Mas, nesse caso, não se trata de diagnóstico de saúde ou doença numa única pessoa (como se faz nas consultas individuais em consultórios), mas do diagnóstico de saúde ou doença na população total de um determinado município ou bairro. Ou seja: um diagnóstico de saúde da comunidade como um todo. Ou, como também se diz, diagnóstico de saúde coletiva. 2. DIAGNÓSTICO Para realizar esse diagnóstico de saúde coletiva, os sanitaristas utilizam principalmente índices e coeficientes para medir as condições de saúde-doença da população.