Rádio na era Vargas

PROPAGANDA POLÍTICA E CONTROLE DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO

O governo Vargas não se define como fenômeno fascista, mas é preciso levar em conta a importância da inspiração das experiências alemãs e italianas nesse regime, principalmente no que se refere à propaganda política.

No Brasil, a organização e o funcionamento de órgãos produtores da propaganda política e controladores dos meios de comunicação revelam a inspiração europeia.

- Por esse motivo, cabe fazer referência ao significado e à organização de propaganda nazi-facistas.

A propaganda política tinha características particulares:
- uso de insinuações indiretas, veladas e ameaçadoras
- simplificação das ideias para atingir as massas incultas
- apelo emocional
- repetições
- promessas de benefícios materiais ao povo (emprego, aumento de salários, barateamento dos produtos indispensáveis à subsistência)
- promessas de unificação
- fortalecimento nacional
- Linguagem: simples, imagética, agressiva;

Segundo os preceitos de Hitler expressos no livro Mein Kampf “A arte da propaganda consiste em ser capaz de despertar a imaginação pública fazendo apelo aos sentimentos, encontrando fórmulas psicologicamente apropriadas que chamam atenção das massas e tocam os corações”

Considerando a propaganda no contexto moderno, é possível afirmar que a imposição sistemática de ideologias nos permite compreender melhor como a sensibilidade política não é um estado de fato, mas o resultado de múltiplas mensagens, apelos, interpelações e dramatizações que mantêm ou modificam diariamente os sentidos coletivos.

Outros mecanismos que influenciam os sentimentos: literatura, teatro, pintura, arquitetura, ritos, festas, comemorações cívicas e esportivas.

No varguismo, não apenas as técnicas de manipulação destinadas a provocar mudanças de sensibilidade e exaltação dos sentimentos, mas também as formas de organização e planejamento dos órgãos encarregados da propaganda política revelam identidade com