Rui barbosa sobre a escravidãp

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Algumas histórias nascem ninguém sabe como. Quando nos damos conta, elas viram causos, passados adiante como se fossem verdade. Isso acontece entre amigos, no interior das famílias e também… na história do Brasil. Quer um exemplo?
Muita gente conta como Rui Barbosa, um dos políticos mais importantes da história do país, destruiu os documentos da escravidão logo após a proclamação da República em 1889. Aproveitando-se do cargo de ministro da Fazenda, ele teria mandado queimar esses documentos, supostamente para acabar com esta “mancha negra” da História do Brasil. Isto é contado como um grande absurdo, como se Rui Barbosa quisesse apagar o passado do país.
Pintura "O Comércio de Escravos", de Auguste François Biard, 1840 (Imagem: Wikimedia Commons)
Nada mais errado. É verdade que Rui Barbosa mandou queimar documentos sobre a escravidão, mas não para destruir os traços das vidas dos escravos.
Ele fez isso porque, quando os escravos foram libertados no Brasil, em 13 de maio de 1888, a lei estabeleceu que os antigos senhores não seriam indenizados, ou seja, não receberiam nenhuma recompensa pelo fato de estarem sendo obrigados a libertar seus escravos. Afinal, em pleno fim do século 19, era um absurdo achar que uma pessoa pudesse ser dona de outra pessoa! Naquela época, o Brasil era o único país do Ocidente que ainda permitia a existência da escravidão.
Acontece que os senhores dos escravos não aceitaram tão facilmente essa decisão. Se dependesse deles, continuavam a ter escravos! E exigiam ser recompensados pela perda.
Já Rui Barbosa achava o contrário: se alguém tivesse que ser indenizado, seriam os ex-escravos, que haviam trabalhado a vida inteira sem receber nada. E foi o que ele disse aos senhores.
Rui Barbosa, na época em que foi ministro da Fazenda, mandou queimar documentos relativos à escravidão no Brasil (Foto: Fundação Casa de Rui Barbosa)
Mas os antigos proprietários não descansavam e continuavam a reclamar. Então, para acabar com a discussão, Rui

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