Rousseau e a França no século XVIII

Universidade Estadual de Maringá – UEM
Programa de Pós-Graduação em Psicologia – Mestrado
Disciplina de Formação Humana: fundamentos históricos e filosóficos
Profª Drª: Maria Lúcia Boarini
Mestranda: Lorena Carrillo Colaço
Rousseau: Sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens – parte 1
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) nasceu em Genebra, Suíça, em 1712. Sua mãe morreu no parto e ele viveu em vários lugares ao longo da vida até que, aos 30 anos, foi para Paris. Viveu, após a publicação de algumas de suas obras, fugindo de perseguições.
Na primeira parte da obra “Sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens” Rousseau afirma que quando se instaurou a propriedade no cotidiano dos homens, instaurou-se também a desigualdade entre eles pois estes, no estado de natureza, são todos iguais e bons.
No estado da natureza, para Rousseau, não se poderia falar em virtudes ou vícios
(idéia diferente da de Mandeville, por exemplo). Para o autor foi a vida em sociedade que alterou essa realidade e esses homens. Assim ele coloca o homem como um degenerado, um corrompido, que fora domesticado, e que as comodidades – como o trabalho como conhecemos hoje e o uso de ferramentas – o fizeram degenerar e fizeram com que perdesse sua liberdade.
Em contraponto a Hobbes (que dizia que o estado de natureza era egoísta, injusto, etc), Rousseau afirma que esta é uma descrição não do homem natural, mas do homem civilizado. Ele argumenta que a sociedade é que induz a este estado selvagem, desigual, pois o estado natural da humanidade é, para ele, inocente, feliz e independente: o homem nasce livre.
É possível relacionar a obra de Rousseau com a realidade da França no século
XVIII. Nesta época, a realidade da população francesa era de muita pobreza por conta do
Antigo Regime. O Antigo Regime foi o sistema de governo que vigorou em países da
Europa entre os séculos XVI e XVIII, onde predominavam o absolutismo e o mercantilismo, e que