Rousseau: da servidão à liberdade

Rousseau: da servidão à liberdade

Jean-Jacques Rousseau, filósofo suíço, foi um dos mais importantes da sua época, o século das luzes. Em suas obras defende a ideia de retorno da humanidade ao estado de natureza – considerado por ele o melhor estado para o bem estar do indivíduo – e a necessidade do contrato social de forma a garantir os direitos da sociedade já que perderam sua liberdade natural. Decorrente de suas ideias de propor o exercício da soberania pelo povo, influenciou fortemente revoluções, principalmente a de 1789 da qual foi eleito patrono.
Rousseau, na obra “Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”, publicado em 1755, descreve o homem natural e relata as origens e os fundamentos de, principalmente, duas desigualdades entre os homens: a natural – presente também no estado de natureza – e a moral a qual recebe maior ênfase no livro. Esta desigualdade, segundo o filósofo, é desenvolvida quando o homem deixa de ser natural para ser social. Essa transição ocorre com o advento da agricultura e da metalurgia e é considerada por Rousseau a etapa em que a humanidade deveria ter se firmado. Após essa fase, veio a propriedade a qual somada com as desigualdades foram o estopim para o conflito entre os homens e para a maldade humana.
Já na obra “Do contrato social” o filósofo relata sobre uma maneira de retornar ou aproximar o homem do seu estado natural no qual ele é bom. Em compensação pela perda da liberdade natural, dever-se-ia garantir a liberdade civil por meio de um contrato feito por todos os integrantes da sociedade no qual o contratante abdica de sua liberdade e a concede ao Estado o qual passa a ter a função de garantir o bem-estar, os direitos e o equilíbrio da sociedade agindo conforme os interesses da maioria e tendo o monopólio do uso da força.