Romero
Ao iniciar, o autor faz uma introdução relembrando que as cidades latino-americanas, a partir do ano de 1880 sofrem mudanças drásticas e nitidamente perceptíveis quanto ao progresso dos vários grupos constituintes da sociedade, expondo a diferenciação ocorrida na paisagem, nas estruturas sociais, os costumes e as formas de pensar.
A dinâmica alcançada pelo comercio proporcionou as cidades uma imagem de “aventura”, termo repetido várias vezes pelo autor, fazendo com que pessoas de fora viessem para a América Latina com o objetivo de alcançar ascensão social, impulsionando o desenvolvimento industrial e de outros setores da economia.
Nessa dinâmica, o crescimento urbano se dava a partir da industrialização, tendo como resultado a maior necessidade de alimentos e vestuário, demanda essa que não era capaz de ser suprida pela produção da Europa. Sendo assim, as relações econômicas dos centros e da periferia se mantiveram com ações imperialistas diretas.
As áreas rurais foram induzidas a fornecer alimentos e matéria prima para as áreas centrais, fazendo com que houvesse uma especialização da produção. Tal fato se deu devido a introdução de capital estrangeiro nos países produtores, encabeçado por empresas e bancos. Contudo, a força trabalhadora era constituída basicamente pela população local, assim como seus intermediários entre a produção e a comercialização. Intermediários esses que ganharam força econômica, político e social, fazendo com que uma nova burguesia se estabelecesse.
Ao mesmo tempo em que essas transformações ocorriam nos grandes centros urbanos, nas áreas rurais, antigas famílias se mantiveram nas fazendas, preservando seu poder sobre as pequenas cidades provincianas. As famílias que