Romantismo no Brasil

Romantismo no Brasil
O Romantismo ocorre na Europa no período de Final do séc. XVIII e início do séc. XIX, marcando momentos históricos como Revolução Industrial e Revolução Francesa e no Brasil ocorreu próximo à independência em 1836. O público passa a ter o gosto pela cultura clássica, que se iniciara no século XVI, com o Renascimento, perdura até o século XVII. Com o tempo, ele foi se restringindo ao público aristocrático, formado pela nobreza e pelo alto clero. Com a ascensão da burguesia ao poder, surge a necessidade de uma arte sintonizada com o novo contexto social e com a sensibilidade desse novo público. Antonio Candido (1836) expõe o Romantismo como posição do espirito e da sensibilidade, partindo da oposição à literatura luso-brasileira que visava redefinir a atitude poética e o lugar do homem no mundo e na sociedade. O Romantismo concebe o papel do artista e o sentido da obra de arte, adotando um sentimento novo com inspirações locais. O individualismo e relativismo podem ser considerados a base da atitude romântica em contraste a tendência racionalista para o geral e o absoluto. A arte se afigura ao espirito romântico uma limitação da expressão, o artista passa a usar o eu, mostrando as frustrações sentimentais. Para os românticos o mundo, o cosmos, a natureza física cheia de graça e imprecisão antepõe ao homem desligado, o destino incerto. O individualismo rompe de certo modo a ideia de integração, de entrosamento.
Na poesia o escritor procura estabelecer para si próprio o estado de solidão; de outro, atrair para ele o leitor. Existe um processo capital na literatura moderna, e é na poesia que vemos uma depuração progressiva do lirismo. É perceptível em Alvares de Azevedo e Casimiro de Abreu a poesia foge da regra e se concentra em torno do eu lírico.
No romantismo o romance é uma espécie de contrapeso do individualismo lírico, por mais de um aspecto. Gênero onímodo (ilimitado de formas), que dividia desde “A Noite na Taverna”, “As Minas de Prata”