roma
No campo das formas construtivas, a contribuição romana é vasta e profundamente inovadora. Se, no momento do máximo desenvolvimento, a arquitetura romana alcança
largamente
a
experiência helenística, com a sua espacialidade aberta e articulada, ela também elabora e desenvolve uma concepção própria,
profundamente
original do espaço e da forma construtiva. As reservas ético-políticas das classes conservadoras romanas com relação à arte aplicavam-se apenas em parte à atividade arquitetônica, por muitos aspectos ligados aos interesses práticos e ideológicos da república. São estes que favorecem o progresso precoce das técnicas construtivas, empenhando-as na solução dos problemas concretos: aquedutos, cloacas, muros de sustentação, equipamentos bélicos, acampamentos.
No momento em que, na época republicana tardia, à questão do útil começa a associar-se a da decoração urbana ou da arquitetura, Roma possui já uma técnica construtiva que permite enfrentar problemas estáticos
e
formais
extremamente complicados.
Por muito tempo Roma foi apenas um agrupamento de pagi
(povoados)
disseminados
pelas
colinas. Mas já no tempo de Sila sente-se a necessidade de dar uma acomodação e uma feição à cidade: constroem-se públicos
grandes
(por
edifícios
exemplo,
o
Tabularium, grandioso arquivo das leis e dos tratados), organiza-se o bairro nobre de
Campo de Marte no centro da área urbana. César concebe um verdadeiro e próprio plano regulador ao qual dá força com a lei de urbe augenda, também para remediar a
superlotação e as péssimas condições higiênicas dos bairros pobres. O plano foi executado somente mais tarde e, em parte, por Augusto e Agripa.
Desde então, quase todos os imperadores quiseram deixar no perfil da cidade a marca visível do respectivo governo, fosse saneando bairros insalubres e indignos, fosse erigindo edifícios majestosos e monumentais, valorizando-os com a abertura