ritual e manejo do infortunio

Ritual e maneio do infortúnio

Referência Bibliográfica: Helman, Cecil G. Cultura, saúde e doença/ Trad. Claudia Buchwestz e Pedro M. Garcez ­– 4 ed. Porto Alegre, Artmed, 2003 p 205 a 221.

Os rituais constituem uma parte importante em todas as sociedades. Ela demonstra como o grupo social celebra,mantéme renova o mundo em que vive,assim como do modo como o grupo lida com os perigos e as incertezas que ameaçam o seu mundo. Os rituais ocorrem em vários ambientes,assumem diversas formas e desempenham muitas funções sagradas e seculares.
Segundo os antropólogos o ritual tem asimportantes dimensões sociais,psicológicas e simbólicas, onde qualquer ritual se traduz numa forma de comportamento repetitivo que não tem um efeito técnico explicito e direto.Loudon definiu os rituais público como“aqueles aspectos dos comportamentos formais que são prescritos ou repetitivos, isto é, aqueles aspectos de determinados costumes que não possuem consequências tecnológicas diretas e que são simbólicos”. Ou seja, “o comportamento ou as ações revelam algo sobre o estado das coisas, especialmente sobre as condições sociais daqueles que participam do ritual”. Segundo Turner, “o ritual é uma reafirmação periódica das condições sob quais os indivíduos de uma determinada cultura devem interagir para que possa haver uma vida social coerente”. Segundo Turner existe duas funções do ritual: A função expressiva que “retrata, de forma simbólica,determinados valores essenciais e orientações culturais”e a função criativa que”cria, de fato, ou recria as categorias através das quais os seres humanos percebem a realidade”.
Cada ritual é uma agregação de símbolos e atua como um “depósito de conhecimento tradicional”.Cada símbolo pode ser considerado como um dado mnemônico multifacetado,sendo que cada faceta”corresponde a um feixe específico de valores,normas,crenças,sentimentos,papéis sócias e relações dentro do sistema cultural da comunidade que promove o ritual”.O símbolo ritual atua como uma