Rituais do Catolicismo Tupinambá

De acordo com nossos estudos, embasados na obra A Heresia dos Índios: catolicismo e rebeldia no Brasil colonial escrito pelo historiador Ronaldo Vainfas, visamos abordar a fusão do Catolicismo, expressada pela Companhia de Jesus, e o que chamaremos de Catolicismo Tupinambá. Apresentaremos, num primeiro momento, o ínicio da conversão dos Tupinambás, a resistência dos mesmos encontrada pelos colonizadores Portugueses e, por fim, o resultado dessas conversões forçadas.

Em primeira instância, o objetivo dos colonizadores portugueses era de organizar os índios, dessa maneira, orientando-os e encaminhando-os para os “bons costumes”, exterminando qualquer costume dos nativos que estes considerassem incorreto ou mesmo poluído como a poligamia, a antropofagia, o andar sem roupas. Vejamos que, tais práticas nativas eram vistas como incorretas pelo fato de serem consideradas pecados perante a verdadeira Fé, a Fé Cristã. Para os Jesuítas, o encaminhamento dos Tupinambás para a verdadeira Fé seria fácil, sendo que segundo estes, os Tupinambás não cultuavam a Deus algum, não possuíam qualquer crença religiosa e seriam assim, como uma folha em branco, onde os Jesuítas poderiam escrever, ensinando-os a agir com a postura correta, a postura cristã. Porém, para a surpresa dos Jesuítas, os nativos mostraram muita resistência na hora das conversões, principalmente resistências anticolonialistas e antiescravistas.

Em segunda instância, reconhecendo as dificuldades de conversão ao cristianismo dos Tupinambás, os Jesuítas decidiram substituir a língua sagrada, o latim, pela língua tupi, ensinando os procedimentos cristãos por meio desta língua nativa com a ajuda do jesuíta, Padre Anchieta. Esse método trazia grandes riscos para os jesuítas, como a assimilação do catolicismo pelas crenças dos Tupinambás, misturando as duas coisas.

Da assimilação do catolicismo pela moda Tupi, surgiu o Ritual Tupinambá chamado Santidade. Tal ritual consistia na procura constante pela Terra Sem