rgfgd

2717 palavras 11 páginas
Surdez e Linguagem6
Primeiramente vamos falar sobre o conceito de surdez. É bastante comum ouvirmos as pessoas se referirem ao surdo como "mudo", ou pior, "mudinho", surdo-mudo, deficiente auditivo, entre outros. A maioria dos surdos não apresenta nenhuma deficiência no aparelho fonador, ou seja, seus órgãos internos e externos da fala estão intactos, por isso não podem ser considerados como mudos1.
Então por que alguns não falam quase nada ou fala diferente?
Todos os surdos vocalizam, algumas vezes produzem sons mais graves, outras vezes mais agudos, porém, por não ouvirem, não têm feedback auditivo2.
As pessoas da família ou outros ouvintes3, que convivem com a pessoa surda já estão mais acostumados com seu tipo vocal, por isso compreendem melhor o que ele diz.
A oralidade no surdo depende de alguns fatores, entre os quais estão o momento do aparecimento da surdez , que pode ser pré-lingual, peri-lingual ou pós lingual4; do grau de surdez, que varia de perda leve, perda moderada, perda severa, perda profunda e perda total5; e do estímulo da fala, que quanto mais precoce, maiores as possibilidades de uma criança com surdez severa ou profunda por exemplo desenvolver a oralidade.
Mas, por que Surdo?
Os surdos não se definem como deficientes porque procuram enfatizar o aspecto cultural e lingüístico da surdez e não a ausência de algo, no caso, da audição.
A existência de uma comunidade, que se identifica como grupo cultural, contribuiu para que os estudos sobre a surdez ganhassem espaço no campo dos estudos culturais. Antes disso, a surdez era exclusivamente objeto dos estudos médico- terapêuticos. 1Mudo é a pessoa incapaz de falar, por defeito do aparelho fonador (dicionário Silveira Bueno); Impossibilitado de falar, por defeito orgânico ou por acidente; silencioso; calado (dicionário on- line - Priberam); Privado do uso da palavra por defeito orgânico ou causa psíquica (dicionário Aurélio). 2O feedback auditivo é uma expressão para designar um retorno

Relacionados