revoluções

REVOLUÇÃO FRANCESA E REVOLUÇÃO RUSSA

1 INTRODUÇÃO

REVOLUÇÃO FRANCESA:

A Revolução Francesa é comumente interpretada como uma prova da maturidade burguesa. Com a queda do absolutismo e a tomada do poder político pela burguesia, estavam sepultados os últimos entraves ao capitalismo. A burguesia francesa, no século XVlll, já liderava as finanças, o comércio e a indústria. No entanto os desenvolvimentos capitalistas ainda estavam obstruídos por senhores feudais, como a estrutura tradicional de propriedade e de produção, os impostos e, sobretudo, a servidão. A partir de 1786, situação financeira francesa se agravou ainda mais. De um lado, a concorrência de produtos industriais ingleses que entravam na França pagando baixos impostos, conforme o acordo comercial. De outro lado secas e inundações comprometiam a agricultura, elevando o preço dos produtos essenciais. As crises econômicas uniam-se às politicas, provocando demissões de ministérios, que viam seus projetos reformistas barrados pela intransigência aristocrática, como aconteceu com o ministro das Finanças, Calonne, ao provocar a nobreza e o clero para contribuírem com o fisco, na chamada Assembleia dos Notáveis. Essas ordens privilegiadas não só se recusaram a pagar impostos, como ameaçaram o rei Luís XVl com uma “revolução aristocrática”. Calonne demitiu-se. Pouco depois, o rei, premido pela crise, voltou a pedir apoio aos burgueses, que exigiram a nomeação de Necker para o ministério. Necker exigiu entãoa convocação dos estados-gerais, o que não era feito desde 1914. Quando, a cinco de maio de 1978, abriu-se a sessão dos estados-gerais, no Palácio de Versalhes, os interesses antagônicos dos grupos sociais franceses ali representados entraram em choque. O terceiro Estado, povo ( que exigia a votação por deputados - por cabeça) enquanto o Primeiro (clero) e o Segundo (nobreza) defendiam a clássica votação por Estado. Diante da impossibilidade de conciliar tais tendências,