REVOLUÇÃO VERDE

Em meados da década de 1950, os Estados Unidos e a ONU incentivaram a implantação de mudanças na estrutura fundiária e nas técnicas agrícolas em vários países subdesenvolvidos, muitos dos quais ex-colônias recém-independentes. Em plena Guerra Fria, a intenção dos norte-americanos era evitar o surgimento de insatisfação popular por causa da fome. O conjunto de mudanças técnicas na produção agropecuária- proposto aos países para resolver o problema da fome – ficou conhecido por Revolução Verde, a mesma consistiu na modernização das práticas agrícolas (utilização de adubos químicos, inseticidas, herbicidas, sementes melhoradas, dentre outros) e na mecanização do preparo do solo – do cultivo e da colheita – visando ao aumento da produção de alimentos. O sistema mais utilizado pela Revolução Verde foi a monocultura, que resultou em sérios impactos ambientais. Porém, o processo da modernização da agricultura não foi apenas uma mudança técnica, aconteceu todo um conjunto de mudanças sociais.
Antigamente no Brasil existia uma fronteira que separava a parte rural e a urbana. Havia o predomínio da população rural e a pouca industrialização, o que gerava uma falta de complementaridade. Com agronegócio (produção de gêneros agropecuários a partir da fusão dos três setores da economia) a fronteira foi desaparecendo, logo, a Revolução Verde promoveu a união entre a indústria e a agricultura. Essa união acarretou algumas mudanças na estrutura agrária nacional, como a preferência à monocultura de exportação. Por mais que a Revolução Verde tenha gerado uma grande produtividade, ao mesmo tempo gerou impactos ambientais, como o desmatamento, poluição de rios, erosão, etc. A mesma provocou a exclusão social, pois gerou uma grande competitividade, e o pequeno produtor que queria competir com o grande latifundiário fazia empréstimos e não tinha como pagar, sendo obrigado a vender sua propriedade (fagocitose rural), esse fato intensificou o êxodo rural. Dentre outros efeitos da