Revolução russa

Somente no fim do séc. XVI, foi que a Rússia veio a se consolidar como estado, adotando como forma de governo o czarismo – uma espécie de monarquia absolutista – com o czar Ivan IV, o Terrível, que deu inicio a expansão territorial do país que duraria até fins do séc. XIX, tornando-se uma das maiores nações do planeta. Porém, no início deste mesmo século, a Rússia era um gigante apenas em território, uma vez que no que se refere a economia, o país era essencialmente agrário com o ainda existente sistema feudal de servidão, que só seria abolido na segunda metade do séc. XIX. O seu processo de industrialização foi tardio e os poucos centros fabris que já existiam antes de sua modernização eram precários, enquanto isso, a Europa já vivia a 2ª Revolução Industrial. Sua industrialização teve inicio no fim do séc. XIX com ações do governo e principalmente com o capital estrangeiro. A produção industrial foi beneficiada pelos baixo custo da Mão-de-obra. Politicamente ainda vigorava o czarismo, com o czar Nicolau II que governava o país como um monarca absolutista, reprimindo toda e qualquer manifestação contraria ao governo, e com o apoio ideológico da Igreja Ortodoxa Russa. Com uma sociedade essencialmente rural, sua a aristocracia vivia luxuosamente, a nascente burguesia sonhava com o regime liberal, e a maioria dos camponeses vivia na miséria e ainda os poucos numerosos operários não tinha melhor sorte. Havia ainda o problema das nacionalidades, onde varias etnias eram submetidas a um processo de russificação, provocando o descontentamento destes. A perseguição aos judeus eram constantes, muitas veses com o apoio da policia secreta do czar. Em meias palavras, a velha Rússia era um país atrasado, repleto de problemas internos, com uma revolução prestes a explodir. Com a industrialização, as cidades começaram a crescer, juntamente com a população urbana, que dava início as primeiras associações operarias em busca de melhores salários e condições de trabalho. Em 1898,