REVOLUÇÃO FRANCESA

O início Enquanto na Inglaterra ocorria a Revolução Industrial, os franceses mergulhavam numa crise que levaria a outra revolução, política, celebrada como Revolução Francesa - o mais importante movimento revolucionário do mundo ocidental, marco inaugural dos tempos contemporâneos. Luis XV, neto de Luís XIV, tinha apenas 5 anos em 1715 quando se tornou rei da França. Só assumiu o poder em 1743, cofiando por décadas a administração a regentes e ministros. Na Guerra dos Sete Anos, a França foi derrotada pela Inglaterra e seus aliados. O rei teve de administrar forte crise financeira até sua morte, em 1774. O sucessor Luis XVI herdou um Estado falido, e desde o início enfrentou forte oposição - situação que se agravaria por conta das más colheitas da década de 1780. Até a nobreza defendia a restrição do poder real. Em 1777, a crise atingiu o ápice com envio das tropas francesas para lutar a favor da independência das colônias inglesas na América do Norte - uma espécie de revanche da Guerra dos Sete Anos que sangrou ainda mais o tesouro real. Em resumo, aqueles anos foram de penúria e fome, duas das principais causas das revoltas sociais. O rei mostrava-se disposto a fazer reformas que, sem prejuízo do poder absoluto, fortalecessem as finanças reais. Aspirava ser um déspota esclarecido. Em 1787, o governo propôs uma grande reforma tributária, que previa o pagamento de impostos por parte da nobreza e da Igreja Católica. Para discutir a proposta, o rei convocou uma assembléia de nobres e do alto clero, conhecida como Assembléia dos Notáveis. Completo fracasso: tais grupos não estavam dispostos a perder nenhum privilégio.
O rei insistiu na reforma, mas os notáveis não cederam. Diante do impasse, o ministro das Finanças, Jacques Necker, sugeriu ao rei a convocação dos Estados Gerais - assembleia que representava as três ordens, que não se reuniam desde 1614.

O Começo da revolução

A Convocação dos Estados Gerais atendia a