Revolução dos Cocos

Rio de Janeiro
24 de Outubro de 2014
Resenha sobre a Revolução dos Cocos

A Revolução dos Cocos foi um conflito que durou de 1988 a 1997 entre o governo de Papua Nova Guiné e os habitantes da ilha Bougainville, localizada na Oceania, que lutavam pela independência de sua ilha. Cerca de quinze mil pessoas morreram por decorrência dessa revolução, quase dez por cento da população. O nome deste conflito é dado em razão do coco ser a principal matéria-prima disponível na ilha.
O movimento separatista da ilha se dividiu em grupos que, por ideologias diferentes, também guerreavam entre si, tornando a situação ainda mais complicada e delicada.
Além de enfrentarem as lutas separatistas contra o governo e entre eles mesmos, os moradores da ilha ainda possuíam outro problema grave: no final da década de oitenta, uma das maiores mineradoras do mundo, a Rio Tinto Zinc, explorava cobre em Bougainville e degradava cada vez mais a estrutura do solo, os recursos hídricos e as florestas, provocando danos irreversíveis. Os líderes comunitários tentaram um acordo com a empresa, mas não obtiveram sucesso. As propriedades da mineradora foram então sabotadas com explosivos e a empresa foi obrigada a suspender suas atividades. A situação gerou tanto ódio nos habitantes que foi criado o Exército Revolucionário de Bougainville (BRA), que, segundo um de seus líderes, lutava por três motivos: o homem e sua cultura, a terra e o ambiente, e a independência. O governo enviou seus exércitos a Bougainville para conter a situação, porém o BRA conseguiu proteger sua ilha dos “invasores”.
Sem muitas opções, o governo decidiu tomar outra medida: um bloqueio naval, impedindo qualquer coisa ou pessoa de sair ou entrar na ilha. Essa medida foi tomada acreditando que em pouco tempo os habitantes da ilha precisariam de itens de fora, como medicamentos, alimentos, energia e produtos básicos.
Porém, não foi o que aconteceu. Os habitantes de Bougainville aprenderam que “a necessidade é a mãe da