Revolução de 1930

Entende-se que tal revolução seria dada pelo choque entre a pequena burguesia e a burguesia nacional num movimento que ficou conhecido como tenentismo. Sabe-se que a massa dos camponeses não representa nenhuma dessas classes, são elementos de manobra das oligarquias. Algumas linhas de pensamento acreditam que a revolução de 1930 foi realizada pelas classes médias apoiadas por militares oriundos da referida camada social.
Na década de vinte era difícil estabelecer diferenças entre as classes e nas formas específicas do comportamento político, destacando-se delas as Forças Armadas que se caracterizavam como funcionários públicos. Para diversos autores o episódio de 1930 não caracteriza a ascensão ao poder da burguesia industrial e sim do movimento tenentista que nos primeiros anos do governo Vargas ocuparam diversos cargos políticos.
O tenentismo pode ser dividido em dois momentos distintos; num primeiro momento destaca-se um movimento político, ideológico, com características militares e com diversos movimentos com explosões de rebeldia. Durante esse período inicial ficou nítida a falta de experiência dos militares com a política e uma grande desconfiança que tinham com os civis. Da revolução de 1924, surgiram vários questionamentos sobre os reais objetivos que eclodiram nesse embate, descredenciando a veracidade do mesmo e, observa-se também o surgimento da coluna Prestes-Miguel, sendo uma arrojada manobra do movimento que contava com a simpatia do povo por se identificarem em alguns traços. Tendo como foco a derrubada das oligarquias, uma vez, não sendo as classes populares suficientemente capazes de superá-la, o movimento continua em busca de mudanças, acreditando que através de eleições honestas, e cortando o direito de voto das classes que não sabem votar conseguiriam êxitos. O que se pode retratar dessa primeira fase é o ataque voltado para o jurídico-político às oligarquias com o apoio de uma burguesia que desejava arrancar o país do domínio