Revoluções tecnológicas.
Segundo o dicionário de filosofia de Abbagnano (2000, p. 942), a palavra tecnologia admite três significados: Primeiro sentido: Estudo dos processos técnicos de determinado ramo da produção industrial ou de vários ramos; Segundo sentido: O mesmo que técnica; Terceiro sentido: O mesmo que tecnocracia. Embora estas definições guardem algumas limitações, importa-nos o fato delas servirem como um ponto de partida para a nossa reflexão. Com efeito, é admissível adicionar à primeira definição a aplicação destes processos técnicos nas indústrias ou empresas de serviço. A capacidade de uma sociedade em desenvolver estes processos técnicos, sobretudo na indústria de ponta (informática, biotecnologia, robótica, etc.), é motivo de diferenciação em relação a outras. Desta forma, entre outros fatores, o que diferencia os países desenvolvidos dos em desenvolvimento (comumente chamados de subdesenvolvidos) é a sua capacidade de produção tecnológica. No limite a tecnologia condiciona a sociedade. Deste ponto de vista, o maior salto tecnológico são os acontecimentos, iniciados no século XVIII e persistentes ainda hoje, que se convencionou a chamar de Revolução Industrial. No fim das contas, estas transformações nada mais foram que transformações do cunho tecnológico. Por isto, olhar às transformações operadas desde o século XVIII nas empresas é olhar o emprego de novas tecnologias. Por que de novas tecnologias? Desde quando o homem passou a cultivar a terra, deixando a vida nômade, a sociedade passou a se organizou entorno da terra. Na Idade Média, o símbolo maior de poder é o feudo (um determinado lote de terra). Ainda que o Renascimento Urbano e Cultura, acontecidos nos séculos XIII-XV, tenham começado a deslocar a população do campo para a cidade, o fato é que o mundo até o século XVIII será ainda rural. O mundo nesta época é agrário, pois a tecnologia desenvolvida neste momento está baseada na força viva, seja a do homem seja a do animal. Como