Revolta da vacina

2970 palavras 12 páginas
Em As Barricadas da Saúde, Leonardo Pereira tenciona interpretar a revolta da vacina a partir das perspectivas dos agentes diretos desse episódio: em sua maioria, trabalhadores de diversas regiões do Rio de Janeiro, mostrando que eles tiveram papel fundamental no processo da revolta. Para tanto, faz uma reflexão sobre a densidade da desigualdade social da região, amparada sob as bases de uma relação senhorial desfeita recentemente, onde a dicotomia e a mistura entre senhores e escravos geravam profundas fissuras sociais, raciais e culturais. Entretanto, as tensões sociais não se baseavam apenas nas questões da antiga sociedade monárquica, mas adquiriam uma gama de novas características, colocando em conflito indivíduos de um mesmo grupo social. A elaboração de novos conhecimentos, como a Medicina, abria espaço para definição de ignorâncias, onde os sujeitos leigos perdiam status. O sentido social dos ‘novos saberes’ era justificar a supremacia de certos grupos em detrimento de outros.
Partindo desses argumentos principais Pereira começa, no primeiro capítulo, Vacina, Varíola e outras formas de cura, a descrever um pouco mais sobre o momento político da Capital Federal. No governo de Rodrigues Alves (1902) inicio-se uma série de reformas na capital. O prefeito do Rio, Pereira Passos, começou um processo de reforma urbana, marcada pela abertura de avenidas, expulsando assim muitos trabalhadores instalados em cortiços e casas de cômodos da região central. Outra preocupação urgente do governo era com relação à higiene pública, pois a população vinha definhando com o grande surto de doenças transmitidas pelas condições sanitárias da cidade. Por ter conseguido a erradicação quase total da peste bubônica em São Paulo, Oswaldo Cruz assume o posto de Secretário-Geral da Saúde, em 1903. A par das teorias recentes na medicina, Cruz recebe aval do governo para controlar a insalubridade da capital, alcançando índices significativos contra a febre amarela e a peste, por meio de

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