Revival
Durante o século XIX, surgiu na Europa uma série de crises estéticas que se traduziram nos movimentos chamados revivalistas. Essas crises ocorreram ou pelo fato das inovações tecnológicas não encontrarem naquela contemporaneidade uma manifestação formal adequada, ou por diversas razões culturais e contextos específicos. O revivalismo é uma prática arquitetônica que consiste no uso de formas, figuras e soluções técnicas de uma determinada época do passado, admiradas por sua excelência, para solução de um problema presente. O primeiro destes movimentos foi o Neoclássico, motivado pelo Iluminismo, pela cultura acadêmica dos enciclopedistas, e pela Arqueologia científica. O segundo movimento foi Neogótica ingles, profundamente associada aos ideais românticos nacionalistas.
Este dueto de movimentos revivalista foi designado de “Batalhas de Estilos”. Surge como um fenômeno de criação da arquitetura, e também como um fenômeno relatado e reproduzido pelos periódicos especializados. Estabelecia e congelava um embate entre, de um lado, os partidários do estilo clássico, especificamente do revival grego (greek revival ), obediente a princípios imemoriais de simetria e composição e adequados aos mais diversos usos, e, de outro, os partidários do revival gótico, que acreditavam em uma arquitetura nacional, genuína e aberta à ornamentação.
O revival grego, também designado de Neoclássico aspirava à substituição da linguagem barroca tardia, então desgastada e repudiada, juntamente com a aristocracia e o clero “de direito divino”, que estavam sendo derrotados pelas forças burguesas e pequeno-burguesas. Baseava-se amplamente nos elementos de arqueologia e geometria e divulgava, entre suas vantagens, simplicidade e baixo custo, em direta analogia aos modernos sistemas construtivos, além de sua adaptabilidade aos mais diversa usos, o que, defendia-se, o tornava superior ao gótico. Esse era o principal argumento, com poucas variações, de