Resíduos da construção civil

I – INTRODUÇÃO

O setor de construção civil emprega uma grande diversidade de matérias primas. Algumas possuem estoques bastante limitados, como as de cobre e o zinco, a madeira é outro insumo importante, sendo a atividade responsável pelo consumo de cerca de 66% (sessenta e seis por cento) das florestas naturais, que por sua vez não são remanejadas adequadamente. O uso intenso de energia é outra das características da atividade, sendo sua maior utilização nos processos de extração e transporte das matérias primas, dada sua dispersão espacial e distancias das jazidas aos centros de produção e consumo. A produção de partículas de poeira está presente em grande parte das atividades, quer seja na extração da matéria prima, no transporte, na produção de materiais como o cimento e o concreto e a execução de atividades nos canteiros de obra. A cadeia produtiva da construção civil exerce um peso considerável na macro economia internacional. É responsável por cerca de 40% (quarenta por cento) de sua formação bruta de capital e emprega uma enorme massa de trabalhadores. Consome algo entre 20 (vinte) e 50% (cinqüenta por cento) do total dos recursos naturais consumidos pela sociedade. A construção civil é, sem dúvida a maior fonte geradora de resíduos de toda a sociedade. Os valores internacionais para o volume do entulho da construção e demolição oscilam entre 0,7 e 1,0 toneladas por habitante/ ano, em cidades brasileiras de médio e grande porte, a massa de resíduos gerados varia entre 41% (quarenta e um por cento) a 70% (setenta por cento) da massa total de resíduos sólidos urbanos.

II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 – IMPACTOS GERADOS

Grande parte dos resíduos originados na construção civil é depositada clandestinamente em terrenos baldios, várzeas e taludes de cursos de água, provocando impactos ao meio ambiente. Alguns destes impactos são plenamente visíveis e provocam além do comprometimento da paisagem urbana, muitos transtornos