RESUMO

O tema central deste texto trata do direito de um grupo quilombola sobre um território e os interesses de outros sujeitos sobre a mesma terra. É nesse confronto que temos como objetivo geral identificar como o Estado e suas instituições autárquicas, jurídicas e políticas, além de representantes da sociedade civil como uma ONG local atuam relativamente à causa quilombola. O primeiro objetivo específico será analisar como o Estado vem abrindo espaço à sociedade em suas decisões e como isso vem beneficiando os quilombolas. Nosso segundo objetivo específico será destacar a justiça como agente do Estado, suas mudanças e ranços em razão dos interesses e necessidades da sociedade. O terceiro e último objetivo específico será verificar a forma como o governo federal vem administrando a máquina estatal, em sua metodologia de transversalidade e como órgãos administrativos, representantes do Estado, relacionam-se com a questão quilombola. Este trabalho é parte de nossa dissertação cuja pesquisa é de cunho qualitativo cujo método baseou-se em um estudo de caso desenvolvido através de uma abordagem histórica-antropológica e política que visa destacar as relações entre agentes sociais díspares em suas estruturas (quilombolas, fazendeiros e mineradora), que têm interesse em um mesmo território. O resultado que temos até o presente momento são parciais e a conclusão mais evidente é que há grande lentidão por parte das instituições governamentais em apresentarem uma decisão final, deixando uma grande margem de dúvida em relação à efetividade dos avanços sociais no sentido das comunidades quilombolas. Neste sentido, o grupo em evidência, está cada vez mais distante de rever sua terra.

INTRODUÇÃO
Neste texto propomos uma análise sobre como esses diversos campos contribuem ou dificultam a garantia dos direitos à terra de um grupo quilombola denominado Família dos Amaros. Os interesses do grupo sobre a terra divergem dos interesses de outros sujeitos sobre a mesma terra. É nesse