Resumo

Resumo

Ao abordar a características das organizações sindicais, a autora, inicialmente, com base em seus estudos, afirma que tais entidades são majoritariamente formadas por professores de escolas públicas. Afirma ainda, que docentes e os outros servidores da educação têm carreiras diferentes e tarefas de natureza diversa, o que dificulta a articulação de uma organização sindical unificada, pois os interesses são bem diferentes. A segunda característica se constitui em que essas entidades partem do preceito do direito de associação e de livre afiliação. Também reivindicam sua autonomia; e se regem por estatutos que buscam definir normas democrática de funcionamento, em especial quanto a eleição de dirigentes. E finalmente, financiam suas ações com contas de seus afiliados. Márcia Ondina revela que essas organizações sindicais possuem diversas características e modelos de formações nas mais diversas regiões do globo, mas visam sempre proporcionar força e visibilidade aos docentes.
Ao concluir seu artigo, Márcia Ondina, com o objetivo de contribuir para debates e estudos futuros sobre o assunto, faz breve reflexão sobre a relação da construção das identidades dos docentes e o sindicalismo, conectada a discussão sobre a posição social da categoria. A autora compreende as identidades como sendo produzidas por distintas fontes, sendo múltiplas e diferenciadas. Estas podem ser resultados da intervenção estatal na organização do sistema educativo (Identidade Oficial), como do envolvimento dos docentes em movimentos sociais, e também das mudanças da configuração político-econômica, e organização do trabalho, nas sociedades. Ondina revela que “é perceptível que a questão da identidade, melhor dizendo, da transformação nas identidades, está articulada ao processo de regulação do trabalho dos docentes”. A autora também identificou que há nos docentes uma dificuldade, ou incoerência, em definir sua posição no mundo do trabalho, devido a complexidade de suas atividades. Dessa