Resumo

Resumo do Seminário de Gênero
Hoje gênero, embora seja um conceito que perpasse todas as áreas de estudo da Psicologia e de outras áreas do conhecimento, tem íntima afinidade com a Psicologia Social que lança seu olhar para a história, para a sociedade e para a cultura, não conseguindo entender o ser humano separado dessas instâncias.
Embora muitos autores possam utilizar os termos sexo e gênero como como sinônimos, trata-se de dois conceitos que se referem a aspectos distintos da vida humana. Sexo não é gênero. Sexo diz respeito ás características fisiológicas relativas à procriação, à reprodução biológica. O sexo biológico com o qual se nasce não determina, em si mesmo, o desenvolvimento posterior em relação a comportamentos, interesses, estilos de vida, tendências, responsabilidades ou papéis a desempenhar, nem determina o sentimento ou consciência de si mesmo, nem as características da personalidade, do ponto de vista afetivo, intelectual, ou seja, psicológico. Isso tudo seria determinado pelo processo de socialização.
Enquanto as diferenças sexuais são físicas, as diferenças de gênero são socialmente construídas. Gênero está relacionado às diferenças sexuais, mas não necessariamente às diferenças fisiológicas. Ele depende de como a sociedade vê a relação que transforma um macho em um homem e uma fêmea em uma mulher. Cada cultura tem imagens prevalecentes do que homens e mulheres devem ser.
Toda a sociedade possui um sistema de gênero: conjunto de arranjos através dos quais a sociedade transforma a biologia sexual em produtos da atividade humana e nos quais essas necessidades transformadas são satisfeitas. O movimento feminista, por exemplo, pretendia que o uso do conceito ou categoria gênero transformasse profundamente os paradigmas da história e de outras disciplinas do conhecimento humano.
O conceito de gênero deve estar presente quando estudamos desenvolvimento, trabalho, escola, família, personalidade, identidade, grupos, sociedade, cultura.