Resumo

O Ministério da Saúde definiu em 2010 Redes de Atenção à Saúde como “arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistema técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado.” Um sistema que busca um atendimento qualificado , eficiência na utilização dos serviços , equidade,qualidade de vida das pessoas usuárias , ou seja, atender as necessidades de saúde da população , do individuo e da comunidade , de acordo com a diversidade , a cultura e o gênero , de forma integrada e contínua , prestando serviços de promoção , prevenção, reabilitação , diagnóstico e tratamento; nos níveis primário, secundário e terciário e tendo como porta de entrada do sistema de atenção à saúde a APS , constituída de uma equipe multidisciplinar e de um sistema de governança único para a toda a rede que elabore estratégias, monitore o desempenho dos gerentes, garanta a participação social ampla , colete e identifique dados , garantindo resultados , entre outros atributos.
É de fundamental importância que exista uma construção social de território/população, as famílias são subdivididas, organizadas por riscos sociosanitários , através da territorialização , fazendo com que as famílias cadastradas articulem-se a RAS e sejam conhecidas “intimamente” por elas.
Devido ao termo primário, a APS é vista como o atendimento básico ou simples, ponto de 1º contato apenas, de triagem, entretanto, é o ponto principal da atenção à saúde, o nível principal de atenção à saúde, responsável pela resolução de 85% dos problemas de saúde. A Conferência Internacional sobre Atenção Primária à Saúde, definiu em 2000 a APS como “a atenção essencial à saúde, baseada em métodos práticos, cientificamente evidentes e socialmente aceitos e em tecnologias tornadas acessíveis a indivíduos e famílias na comunidade por meios aceitáveis e a um custo que as comunidades e os países possam suportar independentemente de