Resumo
O capítulo 8, Modalidades do texto e sua aplicação, inicia falando da possibilidade de classificar e dividir os textos pela maneira em que apresentam organizadas suas ideias. Essas organizações ou modos discursivos podem ser a narração, que apresenta ações em evolução cronológica, a descrição, que de um ponto de vista expõe objetos, paisagens, lugares, ambientes, personagens e seus estados emocionais, a dissertação, que mostra ideias, esclarecendo-as e organizando-as sem tomar posição em relação a elas ou a argumentação, que além de apresentar ideias e fatos, sustentam um ponto de vista acerca de determinada questão.
Gold e Segal dividem o texto Modalidades de texto e sua aplicação no português forense em tópicos que explicam as principais características dessas modalidades discursivas e exemplificam suas utilidades na área jurídica.
Os primeiros tópicos se referem à narração, que é bastante utilizada pelo profissional do direito, em textos como a petição inicial, a denúncia e a reclamação trabalhista. A estrutura narrativa tem como finalidade situar o interlocutor nos acontecimentos dos fatos. No discurso forense, ocorre sempre na 3º pessoa. Utiliza bastantes verbos no pretérito perfeito do modo indicativo e obedece a sequência temporal. Ela é utilizada no Direito para justificar o ajuizamento da demanda. E sempre apresenta os sete elementos narrativos a seguir: quem, o que, quando, onde, como, por que e por isso, que seria a consequência lógica dos fatos.
O segundo modo discursivo exposto pelos autores é a descrição. Esta é a "reprodução verbal de uma realidade, extraída da percepção sensorial". Ela pode ser de dois tipos: objetiva ou subjetiva. A primeira, também chamada de descrição técnica, é escrita com vocabulário denotativo e a segunda, que pode ser denominada descrição literária, ocorre com o predomínio da linguagem