Resumo

“A Dor” Marguerite Duras
Por
Carlos Eduardo de Jesus

Este livro apresenta-nos de um diário que foi encontrado pela Senhora L (a narradora). Ela não se lembra de te lós escrito, mas sabe que foi ela através da escrita e também através dos pormenores daquilo que é contado.
Senhora L espera Robert que está num campo de concentração. A narrativa avança pela História e pela ficção num terremoto de beleza, este sim totalmente inventado.

Nessa época vivia-se um tempo de guerra entre o exército vermelho e os aliados. Metade diário, e todo literatura. A terrível retirada dos alemães de Paris, nos restos surdos da Segunda Grande Guerra. Sim, terrível retirada, em processo: prisioneiros de guerra fuzilados às pressas antes de saírem, soldados alemães fuzilados às pressas para não saírem. Fome, miséria, cidade da luz destruída, famílias desfeitas, entregues aos ratos, presos políticos com paradeiro desconhecido. Vivos, mortos? Mortos-vivos, vivo-mortos? Robert L. é um deles.

No fim da Segunda Guerra Mundial, uma mulher espera por um homem que está preso num campo de concentração nazista. Ela é uma militante da Resistência. É membro do Partido Comunista francês. É também Marguerite Duras. Uma história de desespero e paixão, de despojamento e de apego à vida. Um amor que se debate para além das fronteiras da razão e do possível e luta para sobreviver a uma guerra.

A narradora espera-o. É seu marido, vive na sua ausência, não conhece outro mundo que não o de esperar por este. Confessa não se lembrar de quando escreveu tamanha desordem de dor. “Em face dela, a literatura envergonha-me”, avisa com lucidez. Dividido em seis textos diário-ficção, A dor apresenta no homônimo capítulo de abertura o mais arrebatador testemunho de uma alma feminina, frágil, corajosa, em chamas.

O fogo aumenta a devastação ao ritmo do avanço das tropas dos Aliados, da retirada dos soldados que representam a improvável nação: “Uma das maiores nações civilizadas do mundo, a capital da