Resumo - o mal-estar na civilização sigmund

2110 palavras 9 páginas
Em Mal-Estar na Civilização, Freud argumenta que a verdadeira fonte da religiosidade consiste num sentimento peculiar. Trata-se, segundo ele, de um sentimento sem fronteiras, oceânico, por assim dizer. Esse sentimento configura um fato puramente subjetivo, e não um artigo de fé. A idéia de os homens receberem uma indicação de sua vinculação com o mundo que os cerca por meio de um sentimento imediato soa de modo tão estranho, que se torna justificável a tentativa de descobrir uma explicação psicanalítica, isto é, genética, para esse sentimento. Normalmente, não há nada de que possamos estar mais certos do que do sentimento de nosso eu, do nosso próprio ego. O ego nos aparece como algo autônomo e unitário, distintamente demarcado de todo o resto. Uma criança recém-nascida ainda não distingue o seu ego do mundo externo como fonte das sensações que fluem sobre ela. Aprende gradativamente a fazê-lo, reagindo a diversos estímulos. Assim, dá-se o primeiro passo no sentido da introdução do princípio da realidade, que deve dominar o desenvolvimento futuro. Desse modo, então, o ego se separa do mundo externo. Estamos perfeitamente dispostos a reconhecer que o sentimento oceânico existe em muitas pessoas, e nos inclinamos a fazer sua origem remontar a uma fase primitiva do sentimento do ego.
A origem da atitude religiosa pode ser remontada, em linhas muito claras, até o sentimento de desamparo infantil. O homem comum só pode imaginar a Providência sob a figura de um pai ilimitadamente engrandecido. A vida tal como a encontramos é árdua demais para nós. A fim de suportá-la, não podemos dispensar medidas paliativas.
Um outro processo considera a realidade como a única inimiga e a fonte de todo sofrimento. Se quisermos ser felizes, temos de romper todas as relações com ela, ou recriar o mundo. Mas quem quer se lance por esse caminho torna-se um louco.
Concede-se especial importância ao caso em que a tentativa de obter uma certeza de

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