RESUMO A REPÚBLICA - FR. MESSIAS

Livro I – Neste primeiro livro ocorre a tentativa de definir a justiça. O diálogo se desenrola com Sócrates e Céfalo, na casa de Polemarco, onde começam a tratar, entre outras coisas, sobre velhice. Céfalo dá a entender que a velhice por si só não é todo mal, mas sim o caráter que imprime dignidade de ser jovem ou velho, independe da idade. O diálogo continua a respeito da justiça, e é Céfalo que a define primeiro: “Justiça é dizer a verdade e restitui o que se tomou.” Depois a definição é feita por Polemarco: “dar a cada um o que lhe é devido”. No entanto, Sócrates retruca a tendenciosa afirmativa, questionando se seria correto esse tipo de justiça, na qual o homem justo deveria fazer mal aos inimigos e bem aos amigos. Complementa sua colocação afirmando que tal atitude na seria de uma pessoa sábia.
Mais a frente dialoga com Trasímaco sobre as possíveis formas de governo, e afirma: “Cada governo estabelece as leis de acordo com as suas conveniências: a democracia, leis democráticas; a monarquia, monárquica; e os outros da mesma maneira... é justo para os governos aquilo que lhes convém, e castigam os transgressores, a título de que violaram a lei e cometeram uma injustiça.” (338-e). Trasímaco, com conceitos diferentes, muda o rumo da conversa. Continua a busca pela definição de justiça e injustiça.

Livro II – Ocorre aqui uma continuação do debate, um duelo entre doxa e Sophia. As ideias tendenciosas e descomprometidas com a moral e a ética partidas de Trasímaco vão de a tentativa de Sócrates em definir a justiça. Esse mesmo tom conduz todo o desenrolar nos debates filosóficos durante toda a obra. Começa neste livro a proposta de Sócrates em idealizar uma cidade e nela aplicar conceitos de justiça, no que diz respeito ao sugeito, ou o que para ele é mais vantajoso. A posição de Sócrates é sempre positiva em relação ao homem justo, suas atitudes devem nortear o bom senso. Com o desenrolar da construção da cidade, vê-se a necessidade de homens para defendê-la,