Resumo- A língua das mariposas

O filme se inicia a partir de uma situação comum, o primeiro dia de aula. A experiência do personagem Moncho mostra as questões da apreensão, do imaginário infantil e das concepções que a criança constrói a cerca do processo de ensino-aprendizagem e da relação de professor com aluno antes de ir a primeira vez à instituição escolar. De certa forma, podemos dizer que algumas das concepções que Moncho tinha sobre a escola que iria frequentar se adaptava com a realidade educacional geral da época, sendo Don Gregorio uma exceção a regra, uma esperança para os estudantes. Enfim, o que encontram é um professor libertador, que contradiz a maioria das concepções anteriores dos estudantes em torno da escola e do ensino.
Distanciando-se das práticas autoritárias, que defendem a dominação e a indiferença do aluno, da aplicação de tarefas cansativas e repetitiva, Don Gregorio tenta ultrapassar as tendências da pedagogia tradicional, segundo a qual o papel da escola é publicar a instrução e transmitir os conhecimentos acumulados pela humanidade e o professor é elemento decisivo desse processo. A pedagogia Don Gregorio segue a tendência livre, visando à construção do conhecimento por parte do aluno, que tem um papel central e determinante no ensino-aprendizagem. O professor sustenta um encanto pelo ato de ensinar e pelo pequeno progresso de cada aluno, propicia a emancipação dos educandos, uma relação de liberdade e respeito recíproco entre professor e aluno e a autoridade sem a ditadura, a imposição.
Don Gregorio passa segurança e estima aos alunos, fazendo-os se sentirem acolhidos no ambiente escolar e sensíveis a seus ensinamentos. Como alternativas de construção de experiências e conhecimentos significativos e diferentes, ele propõe atividades para casa, que estimulam os alunos a conhecerem o que está a sua volta, o que antes passará desapercebido.
Ultrapassando as paredes da sala de aula e os muros da escola, o filme aborda questões relacionadas ao contexto