Resumo: A fogueira das virtudes

Resumo: A fogueira das virtudes

O autor do texto, Robert Solomon, assegura que a ética é uma condição para qualquer iniciativa de longo prazo nos negócios, e que a excelência organizacional deve ser fundamentada exatamente nos valores que são mais prezados à organização. Segundo Solomon, o novo mundo corporativo é muito parecido com o universo da ficção, quem se guia pela ética acabará encontrando sua recompensa, ainda que, muitas vezes isso demore a acontecer. Solomon defende que a ética começa com uma boa educação e que não busca “ensinar a diferença entre certo e errado”, mas deixar as pessoas mais tranquilas diante da complexidade moral à qual são submetidas. A bondade de um executivo não se limita a coisas pequenas, pois é um conjunto bem mais complexo de atitudes que inclui até contrariar os interesses da empresa em que se trabalha. Solomon descreve que “Os executivos e diretores várias vezes se sentem incomodados e despreparados em relação aos clientes morais com que se deparam, as mesmas situações que parecem não aborrecer seus colegas menos escrupulosos”. De acordo com essa tese, os profissionais que se preocupam com a ética têm com destino natural trabalhar em empresas com a mesma diretriz, onde certamente são valorizados, e o autor ainda avalia que uma boa empresa, além de lucrativa, fornece um ambiente moralmente recompensador, em que as boas pessoas podem desenvolver não apenas suas habilidades, mas também suas virtudes. Portanto, uma empresa, assim como um individuo, está inserida numa comunidade, e que seus valores básicos, com a imparcialidade e a honestidade, só ganham significado se são transformados em ação. Os valores, quando acompanhados de ação, tornam-se virtudes, e estas possibilitam os bons relacionamentos na empresa. Por isso, o mundo dos negócios atual, se não estiver fundamentado em valores partilhados, confiança e benefícios mútuos, será desfeito.