resumo a educação do homem burguês

PONCE, Aníbal. Educação e luta de classes. 23ª edição. São Paulo: Cortez, 2010. p. 113-156.

Para o nobre, já de pouco lhe servia a educação cavalheiresca, e ler e escrever já não era considerados pelos nobres como coisas de mulheres. A primeira escola inaugurada pelo primeiro pedagogo do Renascimento tinha o nome de La Casa Gioiosa. Os estudos superiores durante o Renascimento eram extraordinariamente caros, e os inferiores populares não existiam. Lutero acreditava que o maior tesouro era uma cidade com muitos cidadãos puros, inteligentes, honrados e bem educados, mas nunca pensou em estender a instrução para as massas populares. O protestantismo tinha a intenção de educar a burguesia abonada, mas não abandonar as classes desfavorecidas. A intenção da Companhia era apoderar-se do ensino clássico para pô-lo a serviço da Igreja, e só usavam os recursos pedagógicos como instrumento de domínio. Os empregados em serviços domésticos pela Companhia, não deveriam aprender a ler e escrever, porque para servir a Jesus basta a simplicidade e a humildade. Os jesuítas desprezavam a educação popular, mas havia outras ordens católicas que se encarregavam dessa educação, não na intenção de instruir e sim, na de salvar as suas almas. Demia, pedia escolas gratuitas para o povo, por causa da desmoralização que o povo sofria por falta de instrução, nessas escolas se ensinavam príncipios religiosos e até a ler e escrever. Nas escolas da burguesia continuava-se ensinando as ciências dos antigos. Segundo Bacon “o poder aumenta com os conhecimentos” mas a burguesia tardava em introduzir nas suas escolas essa promessa. Era necessário um ensino rápido e sólido. A necessidade de uma “nova educação” ressoava como um apelo. Nos tempos da Reforma, Lutero aconselhava os habitantes das cidades, a tomar o ensino das escolas em suas mãos. Já no período da Revolução Francesa, surge um Plano de uma Universidade, com a intenção de ministrar instrução para todos. Acreditavam que era mais