Resumo temas macroeconomicos
Colunas e artigos têm abordado com frequência temas como inflação e política fiscal. Em relação à política fiscal, a crítica é a de que o governo federal continua expandindo seus gastos correntes acima do crescimento do PIB implicando em redução do superávit primário e incremento do endividamento em relação ao PIB. Dos investidores, 25,4% indicaram o crescimento econômico da China; 23,9% a saída desorganizada de algum membro da zona do Euro e empatados com 15,5% aparecem duas preocupações: a inflação no Brasil e o abismo fiscal americano (a redução de gastos públicos e aumento de impostos esperados para 2013).
Prova de que a inflação não ocupa lugar de destaque entre as apreensões dos investidores ocorreu na última sexta-feira (05/10/12). O IPCA de setembro alcançou 0,57% acima do de agosto de 0,41%. A inflação acumulada dos últimos doze meses de 5,3% permanece acima da meta de 4,5%. Contudo apesar da má noticia, o Ibovespa fechou o dia subindo 0,19%.
A preocupação com a economia chinesa é pertinente. O artigo ”Falling Star” da revista eletrônica Barron’s de 30/06/12 elenca diversos problemas que podem prejudicar a economia chinesa no médio prazo, corroborando a preocupação dos investidores pesquisados.
Primeiro, a economia chinesa apresenta rendimentos decrescentes devido à baixa eficiência. O crescimento econômico decorre mais da alocação de grande quantidade de mão de obra e elevados investimentos em equipamentos e infraestrutura do que na obtenção de eficiência e inovação. A falta de inovação deriva da estrutura produtiva. Esse segmento representa 9,2% do PIB chinês, enquanto nos EUA no pico do boom imobiliário em 2006 era de 6%. Entre os maiores países, apenas a Espanha superou aquele índice, antes do colapso do segmento. Outros números impressionam: 25% do consumo de aço vão para o segmento de construção residencial; 20% dos residentes em Beijing possuem dois ou mais