Resumo: RUIZ, Castor Bartolomé. “Ética e alteridade em Emmanuel Levinas”. IN. Candiotto, César (org.) Ética, abordagens e perspectivas. Curitiba: PUCPR, 2011, p.223-50.

697 palavras 3 páginas
RUIZ, Castor Bartolomé. “Ética e alteridade em Emmanuel Levinas”. IN. Candiotto, César (org.) Ética, abordagens e perspectivas. Curitiba: PUCPR, 2011, p.223-50. O texto aborda conceitos sobre ontologia (estudo do ser), a ética e a alteridade. Para Levinas, a ética é a filosofia primeira e a alteridade é a dimensão primeira da subjetividade humana. A alteridade é considerada como condição necessária (metafísica) para podermos ser nós mesmos e na filosofia ocidental ela é conhecida como um momento segundo do eu. O ser que somos se dá pela abertura do outro, o outro está sempre envolvido, ele vem antes da minha própria constituição e essa relação é sempre ética, pois envolve o outro. Para Levinas, a ética é a metafísica primeira, pois está presente em tudo o que envolve o outro, ou seja, presente em todas as relações. A ontologia tem o objetivo de conceitualizar a alteridade humana, dar menos importância a ela do que realmente tem. A totalidade imprede a diferença inerente à alteridade. A ontologia reduz o outro eu, é aliada a egocentricidade, onde o eu, as minhas vontades e desejos se sobrepõem as do outro, que se torna coadjuvante me tornando mais importante. A ontologia torna-se o objeto de conhecimento do eu e, do outro, uma objetivação conceitual a partir de categorias pré definidas, hipervalorizando as questões do eu. Segundo Levinas, a filosofia moderna se caracteriza pela pretensão ontológica de reduzir o ser a conceito, com o objetivo de categorizar logicamente para conhecê-lo e dominá-lo. Sendo a ética a metafísica primeira, de acordo com Levinas, a combinação paradoxal entre a pós-modernidade e a metafísica a tornam assim. Levinas acredita que a condição metafísica da alteridade propõe a condição de diferença, onde impede a universalização do sujeito em quaisquer formas de universal. Sendo, então, paradoxal a metafísica. Uma das causas que tornou a civilização ocidental tão violenta ao longo da história, de acordo com Levinas, é o caráter

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