Resumo - páginas: 43-69
Resumo: Introdução à retórica – Olivier Reboul
Aristóteles transformou a retórica num sistema, o qual foi dividido em quatro partes, as quais representam as fases que deveriam passar aquele que compõe um discurso. A primeira delas é a invenção, a qual tem relação com a busca do orador pelos meios de persuadir segundo seu argumento. A disposição diz respeito a ordenação dos argumentos. Já a elocução diz respeito à parte escrita do discurso, ao estilo. A quarta fase é a invenção, a qual refere-se ao modo como o discurso é proferido. Essas fases não devem necessariamente seguir uma ordem cronológica, mas são como tarefas que devem ser desempenhadas pelo orador para que o discurso não se torne vazio, mal escrito ou desordenado.
É necessário antes de criar o discurso se questionar ao que esse se refere, ao seu gênero. Os gêneros oratórios são divididos em três, os quais são adaptados de acordo com as pessoas a quem nos dirigimos ao proferi-lo. O judiciário tem como público o tribunal, tem como ato o de acusar ou defender e tem como tempo o passado, além de ter como valores que servem de normas o justo e injusto e utiliza preferencialmente raciocínios silogísticos(entimemas). O deliberativo aconselha ou desaconselha no que refere-se à cidade, tem como valores que o inspiram o útil e nocivo, tem um público mais móvel, prefere argumentar por exemplos e é referente ao tempo futuro, já que inspira projetos. O epidíctico censura e louva e tem como tempo o presente, mesmo que utilize do passado e futuro para alguns argumentos, também tem como valores que o inspiram o nobre e o vil, tem como característica a amplificação e acaba sendo o mais escrito dos três gêneros, orientando nas escolhas futuras.
Após ser definido o gênero oratório, o orador deve encontrar argumentos. Aristóteles dividiu os argumentos em três tipos: ethos, pathos e logos, os primeiros sendo de ordem afetiva, e o último racional. O ethos diz respeito ao caráter do orador,