Resumo - memorias postumas de bras cubas

Memórias Póstumas de Brás Cubas (Capítulo XLVI: A herança)

Brás Cubas - irmão de sabina e cunhado de Cotrin
Cotrin – casado com Sabina e cunhado de Brás Cubas
Sabina – irmã de Brás Cubas e casada com Cotrin
Tio Cônego – tio de Brás Cubas e Sabina

Oito dias após a morte do pai de Brás Cubas... (iniciar o filme com imagens do cemitério)

(Brás Cubas pensando, filmar essa fala como as do Dom Casmurro) minha irmã sentada em frente à casa, pouco adiante, Cotrim, de pé, encostado ao muro, com os braços cruzados e a roer a unha, e eu a passear de um lado para outro, com os olhos fixos no chão. Tudo está um profundo silêncio...

Cotrin — Mas afinal, esta casa pode valer um pouco mais de 165 mil reais (30 contos de réis) e demos que valha 195 mil (35 contos de réis)
Brás Cubas - Vale 280 mil (50 contos)
Cotrin — Podia custar até 300 mil reais (60 contos), mas não vamos conseguir vender com esse valor. Você sabe que as casas, aqui há anos, baixaram muito. Olhe, se esta vale os 280 mil (50 contos), quantos não vale a que você quer comprar, aquela do Campo?
Brás Cubas — Não fale nisso! Uma casa velha.
Sabina — Velha!
Cotrin — Deve parecer nova, aposto?
Sabina — Ora, mano, deixe dessas coisas (levantando-se do chão); podemos arranjar tudo em boa amizade. Por exemplo, Cotrim não aceita os pretos, ele só quer o boleeiro de papai e o Paulo...
Brás Cubas — O boleeiro não, fico com a carruagem e não quero comprar outro.
Sabina — Bem; fico com o Paulo e o Prudêncio.
Cotrin — O Prudêncio está livre.
Sabina — Livre?
Cotrin — Sim, há dois anos.
Sabina — Livre? Como seu pai arranjava estas coisas aqui em casa, sem avisar ninguém! Está direito. Quanto à prata... acho que não libertou a prata?

(Brás Cubas pensando) Tínhamos falado na prata, a velha prataria do tempo de D. José I, a porção mais séria da herança, já pelo trabalho, já pela velhisse, já pela origem da propriedade; meu pai dizia que o Conde da Cunha, quando vice-rei do Brasil, deu-lhe de