resumo incompleto patrimônio histórico e cultural

Resumo: FUNARI, P. P., PELEGRINI, S. C.A. Patrimônio Histórico e Cultural. Rio de Janeiro: Ed, cunuvb nuZahar, 2009.

Introdução
Vive-se no Brasil uma situação aparentemente contraditória: de um lado, tem-se a concepção de patrimônio como um conceito antigo e distante (igrejas barrocas, palácios, etc.); e de outro, tem-se a ideia patrimônio como algo a ser resgatado e apropriado. Surgem assim, questionamentos a respeito das perspectivas do patrimônio no nosso país. Para entender melhor essas e outras discussões, estudam-se algumas noções básicas e as origens históricas do patrimônio do mundo.

O Patrimônio, do indivíduo à coletividade
Ao se discutir patrimônio, surgem sempre duas concepções diferentes a respeito do termo. A primeira, que define como patrimônio o legado de bens materiais ou imateriais transmitidos hereditariamente, tem um caráter individual, ou seja, depende exclusivamente do indivíduo determinar o que lhe interessa. A segunda definição, o patrimônio coletivo, parte da própria ideia da vida em coletividade, que pressupõe a existência de grupos diversos em constante transformação e interação. A existência de tamanha diversidade, com interesses, opiniões e ações bastante distintos, leva a entender que o próprio patrimônio, em sua perspectiva coletiva, passa por mudanças ao longo do tempo e dos grupos sociais.

A trajetória do patrimônio no contexto mundial
A origem do termo patrimônio se refere ao legado dos chefes de família dos antigos romanos, ou seja, tudo o que estava sob seu domínio, desde seus bens móveis e imóveis aos seus escravos, mulheres e filhos. No âmbito da propriedade privada, o conceito de patrimônio estava ligado a um valor aristocrático, relacionado à transmissão de bens por parte da elite patriarcal romana. O patrimônio, portanto, não tinha qualquer caráter coletivo. A difusão do cristianismo, principalmente no período da Idade Média, proporcionou uma nova concepção para o patrimônio, acrescentando-lhe certo grau de