Resumo,História do Brasil,Basile,Bethel,Brasil Colônia II

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● Absolutismo e ilustração em D. Pedro I
A presença de um príncipe português disposto a assumir a liderança do movimento em favor da independência aparecia de forma quase consensual como um fator decisivo para garantir uma transição suave na hora da independência, a tão almejada estabilidade política e social e a tão requerida unidade nacional (Bethell, 2001). Nesse sentido, em 12 de outubro de 1822, D. Pedro foi aclamado Imperador do Brasil, em meio a grande festa e entusiasmo popular (Basile, 1990).
Ao mesmo tempo, muitos cidadãos e políticos brasileiros de destaque tinham sérias dúvidas:
- sobre a intensidade do comprometimento do príncipe com o constitucionalismo;
- e, mais sérias ainda, sobre sua disposição a romper os laços familiares e dinásticos com sua pátria-mãe e antiga potência colonizadora.
Embora distintas, essas duas preocupações estavam interligadas e reforçavam-se mutuamente, pois as supostas convicções absolutistas de D. Pedro eram facilmente associadas, tanto pela elite brasileira quanto pelo povo, à proteção dos interesses de Portugal que ainda restavam no Brasil e, é claro, consequentemente, ao medo da recolonização (Bethell, 2001).1
A despeito desses receios, o fato é que, no Brasil, depois do fim da colonização, as ideias “liberais” se cristalizaram, de maneira predominante, na forma monárquica, constitucional e parlamentar (Bethell, 2001). Destarte, em 1º de dezembro de 1822, celebrava-se a sagração e coroação de D. Pedro como D. Pedro I, Imperador do Brasil (Basile, 1990).
Diga-se com franqueza uma cerimônia pomposa ao estilo do Antigo Regime. Ao passar por esses rituais, o primeiro imperador brasileiro investia-se de uma sacralidade fundamentada na ordem dinástica que assegurava à dinastia de Bragança o direito sagrado de reinar sobre o país. Estava aí simbolicamente a ambiguidade que marcaria todo o governo de Pedro I, já que ao mesmo tempo passava a encarnar um mandato liberal fundado num pacto social (Basile, 1990).
Seus

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