Resumo estratégias editoriais e leituras populares roger chartier
SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
GABRIELLE ARAÚJO SANTOS
TÓPICOS EM HISTÓRIA E EDUCAÇÃO
PONTA GROSSA
2012
Resumo
CHARTIER, Roger. Estratégias editoriais e leituras populares (1530-1660). In: Leituras e leitores na França do Antigo Regime. São Paulo: Ed. UNESP, 2004, p. 91-129.
Na França, entre os séculos XVI e XVIII, os livros e outros tipos de impressos desempenharam um importante papel cultural na sociedade, ainda que nem todos tivessem acesso à eles e meios como a censura real, as distinções de classe e muitos não saberem ler.
Os então denominados leitores “populares” eram aqueles que não pertenciam a nenhuma das três casacas, ou seja, a casaca negra dos clérigos; a curta dos nobres; e a casaca longa dos diversos tipos de oficiais. Sendo assim, a classe dos “populares “ era composta por camponeses, operários, mercadores, mestres de ofício e os burgueses. É difícil definir exatamente a relação dos “populares” com a leitura, sendo mais estreita essa relação nos meios urbanos.
Geralmente a posse dos livros estava associada a atividade que a pessoa exercia, sendo que haviam os livros designados aos ofícios, a maior concentração de livros eram os de teor religioso. Sendo assim, muitas vezes a leitura, principalmente dos artesãos estava delimitada pelo religioso e pelo ofício.
Nos séculos XVI e XVII, a leitura individual não é uma prática recorrente, e muitas vezes não é o livro que ocupa o espaço maior nas leituras, principalmente nos locais públicos, destacando-se ai as oficinas de trabalho, onde os livros são consultados para a orientação do trabalho; nas assembleias religiosas realizadas nas cidades e também no campo pelos protestantes; e nas confrarias jocosas onde não são necessariamente livros mais diversos tipos de impressos que