Resumo: Educação FIsica e Diversidade Cultural: Um Dialogo Possivel
Afirmação da existência de diversas culturas no seio das sociedades tornou-se fato inegável.
A diversidade cultural não somente reduzida a diferenças de raça, gênero, religião, sexualidade ou ligada a regionalidade, mas sim como um fato que envolve, também, as subjetividades dos sujeitos, a forma em que se relacionam, como se relacionam, com quais visões de mundo, em todas as dimensões da vida.
No entanto, o fator diversidade cultural vem representando ao longo dos últimos anos um problema. Se existe um consenso de que as sociedades são multiculturais, isso não é válido quando a discussão em pauta diz respeito ao “como” tratar a questão.
A LDB diz que a questão é tratada de maneira genérica e abrangente. Alguns grupos de educação permaneceram restritos ao espaço da realidade circundante, ao gueto cultural do próprio alfabetizando, o que reduziu em muito as possibilidades político-educativas. Alem de valorizar a cultura do educando, ensinar o sujeito a pensar que o mundo não pode ser resumido ao pedaço social em que o sujeito se inscreve, é muito mais do que isso.
A EF por ser um componente curricular, tem muito a ver com isso. Entendo componente curricular como um elemento da organização escolar que, em sua especificidade de conteúdos, apresenta uma seleção de conhecimentos que, organizados e sistematizados, devem proporcionar ao aluno uma reflexão acerca da dimensão da cultura e que, aliado a outros elementos dessa organização curricular, visa a contribuir com a formação cultural do aluno. A prática da EF é, eminentemente, cultural, devendo estar atenta ao contexto sociocultural do educando e às diferenças apresentadas por eles.
Por exemplo, professor de EF, atento a essa premissa, ao chegar numa escola e detectar que os alunos gostam e valorizam a prática do futebol pode, pautado no discurso da consideração da realidade dos alunos, acabar “moldando” toda sua ação em torno dessa única