Resumo Drenagem Urbana

A preocupação com o escoamento das águas pluviais nas áreas urbanas não é nova. O correto é ter um perfil transversal que afasta as águas pluviais das edificações, evitando assim, a erosão das fundações. Uma declividade longitudinal evita a estagnação das águas, preocupação que se estendia pelas escadarias das cidades medievais. Essa solução, própria das cidades medievais cujas ruas tinham tráfego de pedestres, foi complementada nas grandes cidades pelo uso de galerias pluviais subterrâneas. Essas galerias prevêem uma área para circulação de pessoas, que irão realizar tarefas de inspeção e limpeza. As suas medidas e a forma dessas galerias respondiam à dupla função de escoar os esgotos e as águas pluviais. Esse sistema que combina o escoamento do esgoto com o das águas pluviais chama-se sistema unificado. Ele tem o inconveniente de dificultar e até impedir o tratamento do esgoto, razão pela qual foi abandonado em todo o mundo, particularmente nos Estados Unidos e na Europa. Estando proscrito na literatura técnica, o sistema unificado, ainda que não oficial, é usado entre nós. A prática mais comum é a de executar sistemas de redes de esgoto e pluvial separadas cujo produto é posteriormente jogado junto (muitas vezes sem tratamento prévio do esgoto) no curso d’água mais próximo.

DESCRIÇÃO DO SISTEMA CONVENCIONAL O sistema de drenagem de águas pluviais nas cidades de terceiro mundo constitui-se hoje de três partes:
a. Ruas pavimentadas, incluindo as guias e sarjetas;
b. Rede de tubulações e seus sistemas de captação;
c. Áreas deliberadamente alagáveis; As ruas pavimentadas têm uma capacidade de vazão que permite a condução das águas que deveriam ser aproveitadas. Partindo de estudos realizados em diversas cidades do estado de São Paulo, foi constatado que quase a metade da extensão total das vias públicas deveria contar com tubulação de drenagem de águas pluviais. Na prática, entretanto, isso não ocorre, evidenciando que esse sistema é