resumo dos problemas de sociologia de conhecimento de mannheim

6614 palavras 27 páginas
Introdução
Nascido em 1893, na Hungria, filho de mãe judia-alemã e pai judeu-húngaro, Karl Mannheim iniciou seus estudos de filosofia em Budapeste, participando na época do grupo de estudos coordenado por Georg Lúkacs, que, por sua vez, integrava o gabinete de governo dirigido pelo partido comunista. Embora Mannheim não estivesse filiado ao partido, foi obrigado a deixar o país após a queda do regime, indo inicialmente para Viena e Freiburg até chegar a Heidelberg, cidade em que viveu na década de vinte do século passado. Em 1930, Mannheim assume a cadeira de Sociologia na Universidade de Frankfurt, tendo Norbert Elias como seu assistente. Com a ascensão do regime nacional socialista e a introdução de leis que proibiam o exercício de cargos públicos por judeus, Mannheim é demitido da Universidade de Frankfurt e vê-se novamente obrigado a emigrar.
De acordo com Bohnsack (1999a), os trabalhos do autor podem ser divididos em três fases, que não estão apenas relacionadas aos diferentes contextos geográficos ou países em que viveu, mas que apresentam produções diferentes. Na Hungria, Mannheim dedicou-se principalmente a temas literários e filosóficos. O período em que viveu na Alemanha corresponde à fase sociológico-filosófica, abrangendo trabalhos conhecidos, como O Problema das Gerações ou Ideologia e Utopia, assim como outros trabalhos que Mannheim nunca chegou a publicar e que só chegaram ao conhecimento do público na década de 1980 com a organização do livro Strukturen des Denkens (Estrutura do pensamento). Já na Grã-Bretanha, onde veio a falecer em 1947, Mannheim se dedica a análises político-pedagógicas relativas a temas emergentes naquela época, o que não deixa de ser de certa forma fruto de seu trabalho na área de Educação na London School of Economics and Political Science.1
Entretanto o leitor deverá estar se perguntando sobre o objetivo deste artigo e retomada de um autor pertencente a corrente da "sociologia clássica" (cf. Foracchi, 1982). Segundo

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