Resumo do sermão da sexagéssima

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"Libertinagem" - resumo e análise do livro de Manuel Bandeira
Nesse seu primeiro livro inteiramente modernista, Manuel Bandeira revelase seguro no domínio do verso livre e das demais inovações que a Geração de 22 adotou, inspiradas nas vanguardas européias

Publicado em 1930, Libertinagem, de Manuel Bandeira, é um livro de poemas que sintetiza todas as aspirações revolucionárias da fase heróica do modernismo brasileiro, a Geração de 22. A obra reúne 38 poemas (dois dos quais em francês), escritos entre 1924 e 1930. Em sua maioria, nota-se a intenção do poeta de cortar laços com as formas tradicionais, acadêmicas e passadistas. Por esse motivo, é considerado o livro mais vanguardista de Manuel Bandeira e o primeiro totalmente modernista. Nele, pode-se observar um poeta mais seguro em relação à própria liberdade de expressão proposta pelo modernismo.

POÉTICA DA LIBERTAÇÃO
Influenciados pelas tendências das vanguardas européias (futurismo e cubismo, principalmente) que surgiram nas primeiras décadas do século XX, jovens intelectuais paulistanos decidem organizar um evento para comemorar o centenário da independência: a Semana de Arte Moderna, em 1922. Em certa medida, esse movimento expressava, nas artes, o combate que a burguesia industrial e progressista travava com as oligarquias cafeeiras e tradicionais no plano político. De forma combativa, os modernistas contestavam um padrão de arte considerado estagnado e estéril, principalmente a poesia parnasiana.

Entre outras inovações literárias, o modernismo trouxe o nacionalismo sob uma visão crítica da história; a pesquisa e o experimentalismo de novas estéticas – sem modelos rígidos – como os versos livres (sem métrica regular), ou seja, uma poesia que se aproximava da prosa; a valorização da cultura popular, do cotidiano e da linguagem coloquial, livre do rigor sintático lusitano; e o humor crítico e irônico (o poema-piada).

Manuel Bandeira havia sido um dos primeiros autores a colocar em prática

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