resumo do lazer e a l gica do pedaço

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Ha princípio, o lazer no contexto do bairro recebia recusa em ser estudado por ser uma atividade pouco valorizada, visto como contraponto ao trabalho e a política; e recebia argumentos como" momento de válvula de escape e alienação". O lazer se iniciou durante a revolução industrial, em que o sistema capitalista exige a força de trabalho, um fator para o processo produtivo voltado para o mercado e não para o consumo próprio. A classe trabalhadora então, consegue melhores condições de vida, porém luta pela diminuição da jornada de trabalho,o descanso semanal, entre outros.
Este tempo livre não era apenas para a reposição das energias gastas, mas momento de desenvolvimento de uma cultura própria e independente da burguesia. O lazer surge então dentro dos ideais trabalhistas e contra eles.
O enfoque da pesquisa foi o lazer como sociabilidade nos bairros da periferia, e não tanto como ele é determinado pelo sistema. Verificou-se que tal atividade era de suma importância para estabelecer, revigorar e exercitar regras de reconhecimento e lealdade que garantem a rede básica de sociabilidade. Tomando assim como ponto de partida o espaço onde são praticadas é possível perceber categorias nas formas de lazer, como "em casa", "fora de casa" e "na vizinhança".O primeiro têm como referência a família, ou seja, festas de batizado, aniversário, casamento, etc. O segundo termo da oposição, "fora de casa", subdividia-se, por sua vez, em "na vizinhança" e "fora da vizinhança". O primeiro engloba locais de encontro e lazer - os bares, lanchonetes, salões de baile, salões paroquiais e terreiros de candomblé ou umbanda, campos de futebol de várzea, o circo etc. - que se situam nos limites da vizinhança.
O espaço, quando possui um grupo de frequentadores que desenvolvem uma sociabilidade básica mais ampla a dos laços familiares, mais densa e estável que as relações formais impostas pela sociedade, é chamado de "pedaço". São nestes locais onde acontece a trama do cotidiano: a prática

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