Resumo do Filme BIUTIFUL

“BIUTIFUL”

E A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

Este filme retrata vários aspectos do quotidiano de imensas pessoas por este mundo fora, mas existe um que será talvez o mais comum entre nós, nas nossas sociedades modernas muitas vezes adomecidas (ou talvez porque não é conosco ou não queremos saber) e dos temas mais retratados em muitos dos filmes que nos chegam, quer através do cinema ou da televisão: a contínua violação dos direitos humanos.

Aqui, a personagem principal (Uxbal) tem um certo poder mediúnico (relativo às pessoas que dizem médiuns) que o habilita a contactar pessoas recém-mortas, dom que ele usa para extorquir as mesmas.
Do outro lado, as perigosas negociações (ganha a vida a receber comissões de cidadãos africanos e chineses ilegais que vão tentar a vida na cidade de Barcelona, Espanha) que envolvem funcionários clandestinos e imigrantes pobres que se sujeitam a condições de trabalho desumanas para sobreviver.
Existe uma outra Barcelona (como em quaisquer outras cidades do mundo), que não passeia pelas ruas chiques, que não faz férias em praias no Verão nem esquia nos Pirenéus no Inverno. Uma Barcelona ilegal, escondida entre cores, entre injustiças e esconderijos. Nunca os vemos, até porque não queremos ver a pobreza na sua realidade mais sórdida, onde os direitos humanos não chegaram nem se remontam aos tempos feudais, onde pessoas vivem em condições piores que animais domésticos e onde o conceito de crueldade nunca se pensa. Vivem à margem das amas ilegais, das que trabalham em bares de alterne, das pessoas que são prostituídas e privadas dos direitos humanos.
Tão triste como a própria história de vida da personagem principal é a situação precária das classes marginais, vítimas de um sistema embrutecedor que viola impiedosamente os direitos humanos. E ainda se fala que o ser humano evoluiu. “Biutiful” mostra-nos um submundo onde