Resumo do artigo: Desigualdade racial, racismo e seus efeitos.
Segundo a autora, a raça é utilizada para agregar indivíduos e grupos que compartilham certos aspectos físicos notáveis e ajuda a gerar uma atitude negativa frente a eles, quando entendida como categoria analítica é capaz de revelar muitas formas de exercício de poder opressivo e de favorecer nosso entendimento da sociedade e da subjetividade que produz. A autora afirma que a maioria das pessoas ainda acredita que existam diferentes raças humanas, o que ela denomina racialização ou racialismo. Para Maria Helena Rodrigues Navas Zamora, o racismo é a ideia que existe superioridade de raças, cominando desigualdades sociais, culturais, políticas e psicológicas, assim, autenticando as diferenças sociais a partir de supostas diferenças biológicas. Zamora afirma que a partir da admissão de que pessoas com certos traços raciais, como a pele de cor escura, são inferiores (racismo), justifica-se sua posição desvantajosa na sociedade e seu assujeitamento. A autora demonstra que além do racismo psicológico, a violência e o extermínio também são muito praticados, mostrando que estão relacionados e que um banaliza e justifica o outro. Segundo o artigo, a prática do racismo acaba enfraquecendo a vítima, fazendo com que ela incorpore sua suposta falha e culpa, se tornando mais vulnerável. Maria Helena Zamora descreve que o racismo explicado pela ciência foi a forma de manter a desigualdade de tratamento entre brancos e negros no século XIX. A autora enfatiza que os negros são historicamente vistos pelo poder e pelo senso comum como seres inferiores, menos inteligentes e racionais, e os brancos como únicos os únicos legítimos herdeiros e construtores do progresso e desenvolvimento do homem. De acordo com Maria Helena Zamora, no Brasil, as pessoas afirmam a existência do preconceito, mas são incapazes de